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por Edgar Aprígio
Oriundo dos grandes clãs familiares, defensores patriarcas e oficiais generais militares, o comandante veio se modernizando com o tempo e com uma real função. Na cultura Marching Band (Bandas de Marcha) ele também passou por várias características até sintetizar estilos similares e com isso, classificá-lo por categorias.
Por questões culturais e geográficas, cada país desenvolveu a função num padrão. Há décadas atrás, alguns de, animadores (“bobos da corte”) de seus reis, hoje agem ainda como tais, porém como atenuantes responsáveis em chamar o público, prender sua atenção e convidá-lo a ficar e assistir a apresentação de sua marching band.
O uso da espada desembainhada (que hoje é proibido pela CNBF – Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras, e pela direção da maioria dos concursos regionais), está totalmente ligado aos comandantes militares oficiais. Onde estes usavam seus sabres para conduzir suas tropas em guerra e inclusive combater com elas.
O uso do mace (cedro) também sofreu grande aprimoramento. Acessório este também oriundo do militarismo, é o acessório mais usado no mundo inteiro pelos comandantes tanto militares como civis. Alguns ostentam patentes, graduações, especializações e até maior idade (principalmente). Há regulamento padrão e reconhecido por associações de Drum Majors, onde através deste acontecem campeonatos e eventos relacionados.
Mantendo o critério cultura e geografia, agora incluímos a divisão categórica, onde até mesmo dentro de um país há vários estilos de condução, comandos e utilização do mace. Todavia, em sua maior parte são bem similares; comandos, condução, continência, apresentação do corpo musical, domínio do grupo e responsabilidade pelo compasso (em marcha).
Aqui no nosso país, essa cultura ainda está em aprimoramento e concordância. Até porque não temos um regulamento que dita regras sólidas. E o quesito “Comandante/Mór”, após cinco anos de tentativas, enfim foi aprovado pela CNBF, entrando em vigor a nível de competição recentemente em março de 2009.
Padronizar não é o interessante, pois a miscelânea cultural é o que temos de mais forte em nosso país, porém reavaliar os conceitos com certeza é preciso. Ainda temos comandantes (ou mores) que não sabem sua estável função à frente de uma corporação musical, e querendo ou não, ainda estão apenas como “bobos da corte”.
O comandante já exerce uma função que o coloca numa posição em destaque, com isso, é desnecessário quaisquer outros artifícios que induza o exagero nesta parte (onde geralmente os mores preocupam-se mais com seus fardamentos e menos com sua conduta).
Ele é responsável pelos exercícios de ordem unida de qualquer amplitude. Ele é quem dita a velocidade do andamento, a coordenação, o compasso, e dependendo da música, até a emoção. É responsável pela apresentação do corpo musical ao público presente; pelos comandos que informarão ao musical o que eles devem executar; e pela conduta para orientá-los no percurso direto, com continência militar às autoridades – nos casos de desfiles cívicos, ou indireto, até a montagem da concha (ou outro dispositivo) perante os avaliadores técnicos – nos casos de campeonatos. E então posterior a este processo, passar sua condução para o regente ou maestro.
Mesmos princípios devem ser respeitados na retirada do corpo musical, mas sem necessariamente ter que repetir apresentações, continências, e alguns comandos que são considerados cruciais no primeiro ato.
Lembrem-se, a primeira impressão é a que fica, mas se a conclusão não condiz com a introdução, você joga escada a baixo tudo apresentado antes. Boa sorte, sucesso e bons estudos a todos os comandantes do nosso país.